sábado, 27 de dezembro de 2008

to clear my head, to clear my head ♪

Eu estava por aí, jogando sentimento sobre os mares, prendendo pensamentos em janelas, vazias e cheias de movimento. Eu estava por aí, me preocupando com os outros, distribuindo esmolas, talvez mentiras das quais sou fácil de acreditar. Eu estava por aí, tentando agradar, tentando parar de chorar. Eu andei sem rumo nessas ruas que te contam histórias, sobre o sol, buscando um sorriso da face de qualquer desconhecido, mas por trás de tudo aquilo eu ouvia gritos (problemas, problemas) Todos temos, alguns resolvemos, alguns ignoramos, mas nem sempre isso faz bem, quando a cada dia que passa se acumulam mais e mais. Eu estava bem aqui, atualizando meu diário, apagando fotos, suicidando sonhos, tudo em vão, a tecla 'delete' não existe no coração, as páginas foram lidas, e a cada segundo, aquilo sufocando, a certeza de que tudo mudou, a certeza maior ainda de que você se engana, milhões de vezes. Eu escutei as mentiras que você contou as outros, mas eu as cubro, as esqueço. Eu recordo dos olhares de repressão a cada tentativa que tenho de fazer uma besteira, aquela ligação, a voz preocupada gravada na secretaria eletronica. As palavras não precisam ser repetidas, eu nunca esqueci de nenhum segundo ao lado, naquela canção. Eu estou tentando limpar minha cabeça, antes que o ano acabe, mas creio será que dificil, e ate lá eu não tenho tempo suficiente de esquecer o inesquecivel. Mas eu sei a verdade, as vezes a prevejo, eu vejo, eu conheço, eu sei, eu suporto, eu quero, eu quero, eu quero, eu reconheço, nós mudamos, estamos um pouco mais amadurecidos, um pouco mais unidos, um pouco mais afastados, mas eu continuo querendo, mesmo tento mil razões para não, mesmo machucando, porque isso simplismente não some e não da pra se encarar, não dá para fugir. Estou no meio da estrada sem saber pra onde ir. Apenas de todos, é a única verdade que eu acredito. Aceito mesmo sendo mentira. Porque confio. Um dia mudará.

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